Células-tronco, retiradas do útero de uma humana, se transformaram em neurônios quando injetadas em cérebros de ratos que sofriam de Parkinson. A pesquisa sugere que mulheres que sofrem com a doença podem ser suas próprias doadoras.
A pesquisa, feita na Universidade de Yale, diz que seria possível fazer um banco de células tronco uterinas, já que elas são fáceis de serem encontradas. Segundo os cientistas, o útero é a fonte mais abundante e mais segura de células tronco.
Para quem não sabe, células tronco são as matrizes de nosso organismo. Todos as nossas células se desenvolvem a partir dela, não importando qual a sua “especialidade” (se é uma célula da pele, uma célula muscular ou, como no caso da pesquisa, um neurônio).
Os cientistas descobriram que, por alguma razão, as células tronco do útero tem um índice de rejeição menor do que outros tipos de células tronco. E, quando as mulheres menstruam, estão desperdiçando esse material, já que ele aparece no endométrio (a camada que reveste o útero internamente todos os meses e que, quando a mulher não engravida, é descartada através da menstruação).
A doença de Parkinson pode, talvez, ser curada através do implante de células tronco. Como ela destrói neurônios, fazendo com que algumas funções corporais do doente falhem, um implante de células que substituiriam os neurônios seria uma cura possível.
A equipe de cientistas de Yale coletou células tronco de nove mulheres que não sofriam com o mal de Parkinson e, depois, injetaram o material no cérebro de ratinhos que possuíam a doença.
Os sintomas dos ratos diminuíram, mas outro relatório está sendo preparado e irá analisar com mais detalhes os efeitos –e o possível sucesso – do tratamento.